Ẹrin: o primeiro oráculo do Kimbanda

Ao ser iniciado na Quimbanda Nàgô, tendo recebido o fundamento aprontado do Exu tutelar, o kimbanda recebe o ẹrin, o oráculo para se comunicar com seu Exu. O fundamento do ẹrin é importante por muitos motivos, alguns deles:
1. Desenvolver e refinar a relação entre o kimbanda e o Exu tutelar: fundamentalmente o ẹrin serve para que uma comunicação mais efetiva ocorra entre o kimbanda e o Exu tutelar. Tecnicamente, o uso constante deste oráculo auxilia no refinamento do aparato mediúnico e é uma ferramenta integral porque ele é levado dentro de uma pequena bolsa carregada pelo kimbanda o tempo todo, e que não serve apenas para conter os búzios, mas também como amuleto mágico.
2 Oráculo de sim ou não: o kimbanda irá buscar junto ao seu Exu tutelar respostas para perguntas diversas, principalmente onde entregar as oferendas (se no ponto de força no na frente do assentamento) e se elas foram devidamente entregues e aceitas.
3. Sorte e má sorte: dependendo do lugar onde o ẹrin é lançado, na frente do assentamento, na tábua ou no ponto de força, a conformação da queda dos búzios indicará sorte (vida longa, riqueza, saúde, amor, família, vitória, caminhos abertos etc.) ou má sorte (doença, morte, perdas financeiras, inimigo, inveja, obsessão espiritual etc.), o comportamento adequado ou impróprio do kimbanda.
O ẹrin é consagrado, alimentado e encantado pelo táta-nganga no feitio do assentamento, entregue ao kimbanda iniciante no ato de sua iniciação.
Táta Nganga Kimbanda Kamuxinzela
Cova de Cipriano Feiticeiro
Templo de Quimbanda Maioral Exu Pantera Negra e Pombagira Dama da Noite