

TRADIÇÃO DE QUIMBANDA NÀGÔ
NECROMANCIA TRADICIONAL BRASILEIRA
BANDA DO EXU REI DE GANGA

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Ordem Negra de Quimbanda

A Ordem Negra de Quimbanda (O.N.Q.) é o núcleo interno de uma corrente hermética de feitiçaria tradicional brasileira, um clã de feiticeiros com um sistema de Quimbanda hermética, de filosofia luciferiana e de comportamento satanista que alimenta os trabalhos espirituais da Cova de Cipriano Feiticeiro. A O.N.Q. é fundada por autoridade e autorização espiritual de Exu Pantera Negra, é de caráter secreto e tem como palavra de trabalho fundamental a inclusão. Nas palavras de Exu Pantera Negra, a Quimbanda começou como um amontoado de escravos presos em corpos vestidos de trapos, mas livres de espírito, sedentos por luta. Todos que têm essa sede são bem vindos. Exu Pantera Negra abre linha de trabalho; com sua velocidade mercurial ele dá caminho e arregaça tronqueiras. Pantera Negra vem da mata, uma zona de poder jupteriana: sua virtude é expansão, crescimento e inclusão; ágil, silencioso e certeiro, aos seus adeptos ele dá instrução espiritual. Na direção que Pantera Negra aponta, a O.N.Q. busca criar uma rede de adeptos ávidos pelo culto das sombras de Exu e Pombagira.
Convém que o iniciado passe por todas as fases, que são: desejo, perseverança e domínio. A primeira pertence ao noviço, ou seja, o desejo de aprender. A segunda, ao iniciado, que precisa de perseverança para chegar ao fim. A terceira, ao mestre, que é o verdadeiro mago, pois atingiu o domínio absoluto da Arte. (São Cipriano em Qualidades Essenciais para Professar as Artes Mágicas).
O Ciclo do Noviço: Se trata de um período probatório, anterior a Cerimônia de Iniciação. O Culto de Exu envolve uma profunda transformação interior, uma alquimia de expansão da consciência e gnose. Para isso é exigido certo preparo que envolve o treinamento mediúnico e o despertar da paranormalidade. Por conta da construção de um folclore confuso, a Quimbanda leva a pecha de arte das trevas ou arte negra. De fato, a Quimbanda é isso mesmo! Sua prática envolve um aprofundamento em círculos cada vez mais concêntricos de obscuridade em busca da Alquimia Negra da Alma. Esse processo envolve uma imersão necromântica com os Poderosos Mortos, ancestrais divinizados/deificados conhecidos como Exus e Pombagiras.

Muitos não estão preparados! O Ciclo do Noviço buscará sedimentar a jornada para uma prática edificante do Culto de Exu. Por exemplo, existem aqueles que não estão preparados para os terríveis e potentes fluxos de forças que envolvem a imolação cerimonial de um animal sacralizado.
Isso exige uma complexa mudança de paradigmas e cosmovisão, algo que não ocorre do dia para a noite e em muitos casos constitui um caminho penoso de dores e sofrimentos. O Ciclo do Noviço buscará transformar a mente (vontade) de um profano em um aparato concentrado de atuação magística e sacerdotal, preparando e adequando a mente e energia do Noviço para a Cerimônia de Iniciação.
O Ciclo do Noviço constitui um período de treinamento e adaptação. O Noviço é orientado a estabelecer um culto diário ao seu Exu e Pombagira tutelares, mesmo que ainda seja um não-iniciado. Nessa condição de não-iniciado, segundo as instruções de Exu Pantera Negra, é possível praticar o Culto de Exu em nível superficial. É um período apropriado a construir uma relação com o Exu e a Pombagira tutelares através de rituais sistemáticos em casa ou nas suas respectivas zonas de poder.
Nessa etapa muita atenção é dada ao Chefe Império Maioral de Quimbanda, suas forças potenciais (os Maiorais) e uma devoção diária a sua glória, poder e manifestador de todos os Reinos e Povos de Exus e Pombagiras. Contemplações devocionais de todos os Povos promovem um tipo peculiar de Gnose para percepção da Grandeza e Opulência do Chefe Império Maioral de Quimbanda.
O Noviço toma conhecimento e inicia a jornada no sinistro Caminho da Mão Esquerda, reconfigurando totalmente sua cosmovisão e percepção da realidade através da libertação dos trapos da morte e a admissão as Hordas do Chefe Império Maioral.
A participação na O.N.Q. é somente com autorização direta de Exu Pantera Negra. Para solicitar seu ingresso entre em contato pelo e-mail: srikulacara@gmail.com ou WhatsApp: 24 9 9264 7825.
O Ciclo do Iniciado
O Iniciado é o noviço que, tendo tomado a firme decisão de adentrar ao Reinado do Chefe Império Maioral, o Diabo, passou pelo ordálio da Cerimônia de Iniciação tendo recebido Mão de Corte e a Mão de Oráculo, virtudes sacerdotais que o colocam na posição de Adepto de Quimbanda, assim como tendo recebido seu Assentamento onde irá efetuar seu culto diário. O genuíno altar de Quimbanda é o assentamento, uma zona de poder ou microcosmo adequado para cultuar as divindades da feitiçaria tradicional brasileira, os Exus e Pombagiras. Como um microcosmo, trata-se de um corpo ou organismo vivo. A ferramenta de ferro é a espinha dorsal deste corpo e como uma árvore frondosa que cresce a partir da escuridão profunda da terra fria e amorfa, ela se ergue de dentro de um Útero Negro sagrado, representado pelo o vaso (crescimento/expansão), panela de ferro (alquimia) ou caldeirão (feitiçaria), onde todos os elementos (fetiches) são conjugados para constituir este organismo mágico. A conformidade deste Útero Sagrado, portanto, dá a direção do trabalho da divindade nele cultuada e é uma representação da fonte ou trono de todos os Sete Reinos e Povos de Exu e Pombagira, o Chefe Império Maioral. O feitio do assentamento ocorre no curso da Cerimônia de Iniciação, onde o noviço recebe o àṣẹ (força mágica) da Quimbanda através de seu mestre-iniciador, e envolve um minucioso trabalho de alquimia espiritual.
A Iniciação na Quimbanda depende disso: transmissão espiritual. Por isso anomalias como iniciação a distância, envio de assentamentos por correios estão completamente fora do contexto da Iniciação. Trata-se de uma chancela mágica que o Noviço recebe em sua alma, quando então ele se torna um Adepto Iniciado de Quimbanda, reconhecido pelos Povos de Exu e Pombagira como um soldado da armada do Chefe Império Maioral. A Cerimônia de Iniciação também trata-se de uma intensa troca e fluxo de energia entre o Noviço e as divindades da Quimbanda, o que constitui um vínculo de união entre o Noviço e a corrente mágica da Quimbanda.
A Quimbanda é uma tradição oral de transmissão espiritual. A corrente mágica, neste caminho, alimenta a evolução espiritual e material do Adepto até que ele esteja pronto para tornar-se um Mestre e iniciar novos candidatos.
O Mestre de Quimbanda
O Mestre de Quimbanda é o Adepto que, após ter-se desenvolvido, recebeu a Faca de Égún e a autorização mágica para iniciar novos candidatos a Iniciação. Ele recebeu as fundamentações de estrutura e de culto da Quimbanda, estando apto a perpetuar a corrente mágica da feitiçaria tradicional brasileira.